O que é Apoio Pedagógico? Qual o seu objetivo?
Em resumo, Apoio Pedagógico é o acolhimento e a assistência oferecida aos estudantes que apresentam algum tipo de dificuldade de aprendizagem ou de compreensão dos conteúdos curriculares.
E este suporte estende-se aos demais envolvidos nessa intervenção, os quais são: A Equipe escolar, Professores e Professoras, Pais, Mães e Responsáveis destes alunos e alunas.
Dentro deste contexto, se faz necessário então repensar as metodologias pedagógicas e os espaços de aprendizagem, e fundamentalmente, conhecer cada aluno e aluna envolvidos nesse processo, considerando as especificidades, características pessoais individuais, a trajetória escolar e identidade.
E assim, com estes dados, diagnosticar de forma efetiva seus conhecimentos e dificuldades, para então desenvolver um ensino verdadeiramente contextualizado.
Qual o objetivo do Apoio Pedagógico?
O objetivo do Apoio Pedagógico é promover ações para que crianças e adolescentes, que se encontram com dificuldades de aprendizagem, ou barreiras para desenvolver seus estudos, não sejam privados do Direito de Aprender, podendo, em condições de igualdade com os demais, desenvolver todo seu potencial e aprendizado.
E, para que este objetivo se cumpra, se faz necessário um esforço coletivo das equipes gestoras das escolas, dos professores, dos estudantes, das famílias, comunidade escolar e das administrações públicas, com implementação de políticas efetivas de educação.
Características do público atendido em Projetos de Apoio Pedagógico
Geralmente são alunos e alunas estigmatizados pelo fracasso escolar, ou seja, fora de um padrão ou conceito esperado, carregando a marca de muitas vezes serem considerados “inferiores” aos demais por se encontrarem nesta condição.
Como consequências, comumente apresentam baixa autoestima e, quase sempre trilham dois caminhos diferentes em sala de aula:
👉Comportamento agitado e indisciplinado, alvo das muitas reclamações dos professores e professoras;
👉Ou ficam totalmente à margem dos outros, tentando camuflar sua condição, (de não ser o estudante do padrão ideal ou esperado) e assim, não ser notado, para que suas dificuldades não sejam reveladas, pois, tem medo da exposição perante os demais, e nesta situação, normalmente, nem o/a estudante, nem suas dificuldades são notadas pelos educadores (as).
Alguns números importantes da Educação Básica
Agora olhe estes dados:
De acordo com o Anuário Brasileiro da Educação Básica 2019, entre os concluintes do ensino fundamental, de 1 a 12 anos, apenas 60,7% dos estudantes têm aprendizagem adequada em Português e menos da metade (48,9%) tem a proficiência adequada em Matemática. No 6º ano a taxa de reprovação chegou a 12,7% em 2017, 9,7% no 3º ano e 7,5% no 9º ano.
Como você pode notar, são taxas elevadas que geram outra situação, a distorção da idade em relação ao ano que o aluno está estudando, simplificando, se o/a estudante está com a idade certa para o ano/série que está matriculado.
Para complementar, veja mais estes dados: No Brasil, segundo Censo Escolar, disponível no portal do INEP, mesmo com índices decrescentes, em 2019, a taxa de distorção ainda é alta, sendo 18,7%, nas escolas da rede pública do ensino fundamental, e as maiores taxas nos 6º, 7º e 8º anos, 27,6%, 27,9% e 26,1%, respectivamente.
Como você observou, são índices que demandam ações da administração pública, e geram encaminhamentos destes estudantes com atraso escolar, tanto para especialistas de diversas áreas, como para projetos de Apoio Pedagógico.
Atenção aos encaminhamentos
Como consequência, é perceptível o crescimento do número de estudantes sendo encaminhados aos serviços de atendimento médico ou psicológico devido ao baixo rendimento escolar. Mas, não podemos ignorar outros aspectos importantes como os aspectos culturais e histórico-sociais envolvidos.
Assim, o foco não pode ser apenas em culpabilizar os alunos e alunas, mas também devemos repensar outros elementos externos aos estudantes, como, por exemplo:
- Falta de espaços e infraestrutura adequada;
- Ambiente escolar pouco estimulador;
- Metodologias e estratégias ineficazes de ensino;
- Despreparo para identificar, compreender a origem e diagnosticar corretamente as dificuldades desses estudantes, dentre outros.
Por outro lado, ainda nesse contexto, em uma contramão radicalista desses encaminhamentos, temos a não aceitação dos familiares em procurar atendimento especializado quando são notados indícios relevantes que demandam uma avaliação dessas crianças e adolescentes.
O que muitas vezes, resulta em omissão da família, e consequentemente o atraso no auxílio e/ou tratamento dos alunos e alunas nessa condição.
Reforço ainda que o conceito de Dificuldades de Aprendizagem é muito amplo e engloba múltiplos significados e dimensões, e com certeza merece um artigo mais aprofundado, que me comprometo a elaborar, portanto, acompanhe as publicações do site que logo teremos mais novidades.
Espero que esta publicação tenha colaborado para esclarecer um pouco sobre o Projeto de Apoio Pedagógico. Todo comentário será bem-vindo! Abraço!👍😉
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